As figuras de linguagem são auxílios da língua portuguesa para dar mais expressividade ao que queremos dizer, seja na língua falada, seja na língua escrita (embora a ênfase seja diferente).
Existem figuras de linguagens que são mais conhecidas e básicas, como a metáfora e a ironia, porém, há diversas outras, conforme veremos a seguir.
Figuras de palavras ou semânticas
Metáfora
A metáfora é uma figura de linguagem que tem como função promover a transferência de um significado para outro.
Por exemplo, ao falar “Meu namorado é um gato” isso significa que o seu namorado é muito lindo e não literalmente um gato.
Sinestesia
Na sinestesia é possível notar a atuação de sentidos diferentes que atuam juntos na mesma oração.
Veja a seguir no exemplo: “Ele foi extremamente frio e amargo com ela” (a oração relaciona o tato – frio – com o paladar – amargo).
Metonímia
A metonímia consiste na possibilidade da troca de um termo por um similar sem que haja prejuízo quanto ao entendimento.
Um belo exemplo disso é quando utilizamos uma marca para nos referirmos a um produto: “Eu comprei bombril para lavar as as” (o bombril pode ser utilizado para falarmos que compramos palha de aço).
Catacrese
A catacrese refere-se a termos utilizados fora do seu sentido real para definir algo que não tem um nome específico.
Por exemplo: “O pé da mesa quebrou” (sabe-se que a mesa não tem nenhum pé, mas utilizamos essa expressão para definir o que seria essa parte que queremos dizer).
Comparação
Na figura linguagem de comparação, como o próprio nome já diz, há a comparação entre palavras ou expressões. “Esse menino dorme que nem um anjo”, o termo ‘’que nem’’ compara o menino a um anjo.
Antonomásia
Essa figura de linguagem permite a troca de nomes próprios por um nome qualquer, desde que haja uma razão lógica para essa substituição. “O Timão ganhou mais um título ontem”, nessa frase substituímos o nome do time Corinthians por Timão.
Figuras de linguagem de pensamento
Antítese
A antítese é a figura de linguagem utilizada para palavras ou expressões com sentidos opostos entre si.
Exemplo: “O amor e o ódio são sentimentos extremos” (a expressão amor e ódio forma uma antítese).
Hipérbole
A hipérbole é utilizada para dar mais expressividade em uma frase. Quando dizemos “Morri de rir com aquele filme”, queremos dizer que o filme foi muito divertido e por este motivo rimos bastante, ou seja, realçamos a frase.
Eufemismo
O eufemismo é a suavização de algo que seja desagradável, como por exemplo: “Aquele nosso vizinho ou dessa para melhor” (na verdade queremos dizer que o vizinho morreu, porém de uma forma menos chocante para quem ouve).
Paradoxo
O paradoxo consiste na utilização de palavras contrárias em uma expressão que parecem não apresentar uma ideia lógica, porém, quando juntas se completam e traz reforço a um pensamento. Pode-se ver isso claramente na frase “Vivo sonhando acordado”.
Apóstrofe
A apóstrofe é uma figura de linguagem utilizada para chamar, exteriorizar uma voz. Um exemplo disso é “Oh Senhor Deus, perdoe os nossos pecados”.
Ironia
A ironia, muito utilizada no cotidiano de muitos, consiste em dizer o que na verdade não se pensa. Consiste na afirmação do que não é de fato verdade.
Um exemplo pode ser visto em “Essa menina parece um anjo. Gosta de brigar com todo mundo”.
Prosopopeia ou personificação
Esta figura de linguagem consiste em dar qualidade, sentimentos ou atribuir ações aos seres inanimados. Como no caso de “A chuva estava cruel na noite ada”, designamos o sentimento cruel para a chuva.
Figuras de linguagem de sintaxe ou construção
Pleonasmo
No pleonasmo ocorre a redundância. Há a repetição de palavras com o mesmo significado em uma mesma frase.
“Suba lá em cima” é um pleonasmo, pois se é para subir obviamente que é em cima de algo.
Elipse
A elipse é a omissão de algum termo na oração sem que haja prejuízo do seu entendimento.
“Fui ao shopping ontem”, entende-se perfeitamente que houve a omissão do sujeito eu sem que a frase fosse prejudicada.
Hipérbato
No hipérbato ocorre a troca de ordem de um ou mais termos da oração de forma que o seu significado permaneça o mesmo nas duas. “eava ela pelo bairro” pode ser a forma desordenada (indireta) sendo que a sua forma ordenada (direta) é “Ela eava pelo bairro”.
Anacoluto
Esta figura de linguagem consiste em deixar algum termo na oração solto. “Evolução, o que eu devo saber">